Jornal Povo

Saúde do RJ amplia capacidade de análise e diz vai zerar a fila de 1 mil testes até domingo

A Secretaria Estadual de Saúde do RJ informou nesta que vai zerar a fila de testes que aguardam confirmação para o novo coronavírus até domingo (3). Até a manhã desta sexta-feira (3), havia cerca de 1 mil testes à espera de resultado em todo o estado.

A expectativa para pôr fim à fila se deve, segundo a pasta, à chegada de novas máquinas, da reorganização de recursos humanos e de parcerias e de parcerias com outros laboratórios credenciados.

Além do Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen), que passou a operar 24 horas por dia, e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a primeira no país a fazer o teste, agora outros dois laboratórios fazem a testagem biomolecular: o do Instituto de Biologia do Exército (Ibex) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

A capacidade do estado atualmente é de produzir e processar 900 exames por dia. Em duas semanas, a previsão é que esse número aumente para até 2 mil testes.

“O Lacen hoje aumentou a capacidade de 200 para 400 exames por dia. Semana que vem, essa capacidade vai ser aumentada para 500 exames por dia. Isso sem somar aos outros laboratórios que estão fazendo parte da rede agora”, aponta Alexandre Chieppe, subsecretário de vigilância em saúde.

O Lacen é o principal laboratório do estado e, sozinho, já analisou 4,3 mil testes de coronavírus.

O RJ também conseguiu 1,2 milhão de testes rápidos — quando é recolhida uma amostra de sangue no dedo do paciente e o resultado sai em 15 minutos — que vão ser usados em pessoas com sintomas e internadas.

O secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, diz que testagem rápida não será feita em toda a população e que vai ser conduzida em postos itinerantes do Detran.

“Já temos a metodologia: terá um aplicativo que vai fazer uma triagem e vai nos apontar quais indivíduos têm mais necessidade de serem testados primeiro. Esses indivíduos, no próprio aplicativo, vão receber um voucher com código QR para se dirigirem aos postos do Detran’, explica.

A testagem rápida ainda não tem uma data para começar e vai ser auxiliada por técnicos de enfermagem da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec).

Como o teste é feito?

Assim que os exames chegam ao laboratório, um técnico recebe as amostras em uma caixa térmica. O funcionário confere se o teste tem três bastões parecidos com um cotonete, com material coletado nas narinas e na boca do paciente.

Nos casos de óbitos, casos graves e exames de profissionais de saúde, o tubo ganha um adesivo escrito urgente, para ter prioridade.

Testes são separados por urgência no laboratório do estado — Foto: Reprodução/TV Globo
Testes são separados por urgência no laboratório do estado — Foto: Reprodução/TV Globo

Depois da coleta, cada tubo ganha uma solução, um líquido que solta as células que estão presas nos cotonetes.

Em outra sala, técnicos adicionam uma nova solução, que vai quebrar a célula e expor o material genético do paciente.

Após todo o processo, o material é levado para a sala final, onde o biólogo coloca o teste em uma máquina capaz de detectar ou não a presença do novo coronavírus. O resultado sai na tela de um computador.

Quando o teste dá negativo, o resultado entra no sistema sistema da Secretaria de Saúde e o paciente é avisado. Quando dá positivo, um setor específico da secretaria, a Vigilância em Saúde, é avisado e toma as medidas necessárias. Existe ainda a possibilidade de o teste ter apresentado falha alguma etapa e ter que ser refeito.

Fonte: G1