Em um de seus primeiros compromissos como ministro da Saúde, Nelson Teich defendeu o combate às fakes news sobre o novo coronavírus, e reforçou medidas adotadas pelo governo federal para conter a pandemia no Brasil. As falas foram proferidas na reunião virtual dos ministros da saúde do grupo das 20 maiores economias do mundo, o G20, realizado na manhã deste domingo (19).
Em seu discurso, Teich afirmou que o Brasil reconhece o papel e importância da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, acrescentou que não há um jeito fácil de sair da crise causada pela COVID-19 e que os sistemas de saúde nunca mais serão os mesmos após essa experiência.
“Eu acredito que os sistemas de saúde nunca mais serão os mesmos depois dessa experiência. Nossos países devem se comprometer em implementar um sistema universal de saúde, focados nas necessidades de saúde da população”, disse o ministro.
Ele também se mostrou preocupado com a circulação do volume de informações erradas e defendeu iniciativas para estimular a comunicação adequada e combater as chamadas fake news. “Isso é um problema”, avaliou no encontro.
Teich salientou a importância de ações de combate à doença em níveis estaduais e municipais, assim como a distribuição de material hospitalar, testes e inaladores. “O governo federal já realocou mais de US$ 2 bilhões em transferências e ações em estados e municípios”, afirmou Teich.
O ministro assumiu a liderança da pasta na última sexta-feira (17), prometendo trabalhar em parceria com estados no combate à pandemia da COVID-19. Nesta madrugada, ele informou em sua conta oficial do twitter que o governo federal enviou respiradores produzidos no Brasil aos estados mais necessitados.
De acordo com o ministro, enquanto os estados do Ceará e do Amazonas receberam 15 respiradores cada, Pernambuco recebeu 10. “O MS e o Governo Federal estão mobilizados para apoiar os Estados e municípios no enfrentamento desta crise. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance”, escreveu em sua conta no Twitter.
Reunião
Em uma primeira declaração sobre a reunião, por videoconferência dos ministros da saúde do G20, Tawfiq Al Rabiah, ministro de Saúde da Arábia Saudita, disse que o encontro foi para os mandatários colaborarem “em prioridades comuns da saúde”.
“Nós também compartilhamos as melhores práticas dos membros do G20 e suas soluções inovadoras e efetivas para combater a pandemia, que são essenciais para o desenvolvimento de todas as iniciativas para lutar contra a COVID-19 globalmente” completou a breve declaração postada no Twitter.
Os países membros foram acompanhados por líderes da Espanha, Cingapura, Suíça e Jordânia, bem como organizações internacionais e regionais, incluindo a Organização Mundial da Saúde e o Banco Mundial, disse um comunicado separado do G20.
No mês passado, em reunião extraordinária, os líderes determinaram que os países compartilhassem as melhores práticas nacionais para desenvolver um pacote de ações urgentes combate à pandemia de forma conjunta.
G20
Criado em 1999 após as inúmeras crises financeiras da década de 1990, o Grupo dos 20 tem como objetivo favorecer a negociação internacional, considerando países que, juntos, representam algo como 90% do PIB mundial, além de 80% do comércio global.
Além do Brasil, fazem parte do grupo África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia.
Fonte: CNN