Depois de demitir mais de 40 funcionários no início de maio, o Botafogo não prevê novas demissões nas próximas semanas. Porém, o clube segue em busca de alternativas para sobreviver em meio à crise com a pandemia do novo coronavírus. Com previsão de queda significativa das receitas, a diretoria estuda a necessidade de novas medidas para reduzir custos.
Entre elas, a que já está em prática é a suspensão de contratos de empresas terceirizadas. Só no Estádio Nilton Santos, mais de dez serviços foram cortados nesse período sem futebol, como o fornecimento das catracas e segurança privada. Dentre os serviços estão, ainda, manutenção, locação de equipamentos, telefonia, entre outros. O Botafogo não informa o número exato, mas cada gestor negocia diretamente os contratos de cada setor.
Se a crise for agravada, os dirigentes cogitam, ainda, atitudes mais duras para conter despesas. Entre elas a Medida Provisória 936, que possibilita redução de jornadas e salários e suspensão de contratos de trabalho no período de calamidade pública. De acordo com o presidente Nelson Mufarrej, o clube não cogita mexer nos pagamentos aos jogadores pelo menos até este mês.
Tudo isso na tentativa de diminuir o desequilíbrio causado pela pandemia. Em entrevista ao GloboEsporte.com, o vice-presidente de finanças Luiz Felipe Novis projetou que as perdas por conta da crise podem chegar aos R$ 60 milhões. Número que corresponde a cerca de 30% de toda a receita arrecadada em 2019, segundo balanço divulgado há menos de um mês.
O Botafogo conta hoje com 365 funcionários. O motivo das demissões ocorridas na última semana vai além da crise causada pelo coronavírus. Essa já era uma demanda antiga no clube, que considerava a folha salarial acima de suas possibilidades. Segundo a diretoria, a medida seria necessária para a entrada no modelo de clube-empresa e foi antecipada por conta do coronavírus.
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Fonte: GloboEsporte