Jornal Povo

Após imbróglio entre prefeitura e estado, estudantes da rede municipal continuam sem previsão de retorno às salas de aula

RIO — Enquanto o governo do estado prorrogou até o próximo dia 20 a suspensão das aulas presenciais nas escolas, e o imbróglio com a decisão da prefeitura do Rio de retomar as atividades da rede particular da cidade segue sem definição, estudantes da rede municipal continuam sem uma data de previsão de retorno às salas de aula.

De acordo com a secretária municipal de Educação, Telma Suane, a retomada das aulas do município só deve acontecer com aval do comitê científico que avalia periodicamente os números da Covid-19 na cidade.

— Na rede municipal está muito claro: não há retorno das atividades pedagógicas dentro do prédio das unidades. Não temos previsão ainda. Quem nos dá essa previsão, semanalmente, é o comitê científico, que avalia os números junto a Secretaria municipal de Saúde — afirmou a secretária nesta quarta-feira (05), durante solenidade da prefeitura do Rio em homenagem às vítimas da explosão que deixou mais de 130 mortos em Beirute, capital do Líbano.

Segundo o G1, gestores, equipes administrativas e profissionais de cozinha da educação pública do município passam nesta semana por um treinamento sobre protocolos sanitários para o retorno das aulas. Professores começar o treinamento na próxima segunda. O planejamento da prefeitura prevê distanciamento entre as cadeiras e uma divisória de plástico entre os alunos.

Já na rede privada, a divergência de datas para retorno das aulas presenciais tem confundido pais, professores e escolas. Apesar disso, algumas unidades retomaram as atividades em sala de aula nesta terça-feira (04) após a autorização do governo municipal para a volta de turmas de 4º, 5º, 8º e 9º anos do ensino fundamental.

Na queda de braço entre município e governo do estado, há mais desdobramentos previstos para os próximos dias. Nesta terça-feira, o Ministério Público e a Defensoria querem que o estado adote, em 48 horas, medidas para proibir a retomada do ano letivo dentro das unidades de ensino até que haja totais condições de segurança.

— O município no que lhe cabe, que é a questão da Vigilância Sanitária, liberou de maneira voluntária. O que cabe ao estado a meu ver é a parte pedagógica, e isso eu não vou me meter — afirmou nesta quarta-feira o prefeito Marcelo Crivella sobre a decisão do governo estadual de prorrogar a suspensão das aulas presenciais por mais 15 dias.

Fonte: Jornal Extra