Mobilizados nas ruas e redes sociais, familiares e amigos intensificaram a procura pelo professor Bruno de Lima Alves, de 32 anos. Ele está desaparecido, desde a manhã do último sábado, após sair de casa, em sua bicicleta, no bairro Neves, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. De acordo com a família, Bruno teria passado por um quadro depressivo, mas está em tratamento, mantendo a rotina profissional, e não teve nenhum desentendimento. Ele vestia uma bermuda azul escuro, camisa escura, tênis preto e mochila. Policiais da 73ª DP (Neves) investigam o caso.
“No sábado, ele acordou cedo, tomou o café, disse que iria dar um passeio de bicicleta e não retornou. Ele é muito conhecido, querido pelos amigos e colegas. Estamos mobilizados e preocupados, pois ele nunca ficou fora de casa, por tanto tempo, sem avisar. Quem tiver alguma informação, por favor, avise à polícia. Estamos desesperados”, disse, muito abalada, a mãe do professor, a dona de casa Mônica Olímpia de Lima Alves, de 52 anos. A bicicleta do professor é preta e tem um cesto sob o guidom. A família acredita que Bruno possa ter ido para a orla do Rio de Janeiro, como fazia de costume, e informou que a polícia deverá solicitar imagens de câmeras da Barcas S/A, pois era comum ele usar o transporte para atravessar a Baía de Guanabara.
Família – A ex-namorada de Bruno, a professora Ingrid Santos de Carvalho, de 31 anos, contou que, após o rompimento do relacionamento de 10 anos, em março deste ano, o professor passou a apresentar mudanças de comportamento emocional. “Ele falava que a vida perdeu a graça, não aceitava o rompimento e pedia para reatarmos. Mas estava bem, nos últimos meses, e sempre mantínhamos contato, pois ele tinha um vínculo com a minha família”, ressaltou a professora, que estranhou o período que ele está fora de casa, sem dar um retorno.
Carta – O aparelho celular do professor está desligado. Durante rastreamento do seu paradeiro, foi constatada uma recarga do cartão para transporte público. Há cerca de 1 mês, porém, Bruno escreveu uma carta para ex-namorada, se despedindo e agradecendo pelo relacionamento. “Foram várias cartas, mas essa chamou a atenção. Era como se fosse uma despedida. Era o jeito dele. Às vezes, dizia que estava deprimido e pedia para voltarmos. Até uma viagem, que tínhamos para a Região dos Lagos, ele queria fazer, mas por conta da pandemia, desmarcamos”, contou Ingrid.
Fonte: O Dia