Jornal Povo

Nove pessoas são presas acusadas de aplicarem golpe de até R$ 200 mil e empresa é interditada

Policiais da 5ª DP (Mem de Sá) prenderam em flagrante nove funcionários de uma empresa localizada no Centro do Rio suspeitos de aplicarem golpes em dezenas de vítimas, causando prejuízos que chegam a R$ 200 mil. A RCS Promotora de Vendas, que apesar do nome atuava como uma financeira, também foi interditada pela polícia. O estabelecimento não é registrado pelo Banco Central e nem pela Comissão de Valores Mobiliarios (CVM).

Segundo as investigações, as vítimas celebravam contratos nos quais ficava estabelecido que pegariam empréstimos bancários e entregariam todo o valor para a RCS. A empresa comprometia-se a investir a quantia e dar lucros ao cliente. Além disso, assumia o valor do empréstimo, que deveria ser quitado pela própria empresa.

Painel com alusão a filme que tem golpista como protagonista
Painel com alusão a filme que tem golpista como protagonista Foto: Reprodução

Em alguns casos, ao entregar a totalidade do valor obtido por empréstimo, a pessoa ainda recebia 10% da quantia. No entanto, tratava-se de um golpe. A empresa chegava a pagar as primeiras parcelas do empréstimo, mas em determinado momento sumia, deixando a vítima com o prejuízo.

Os policiais da 5ª DP estiveram na empresa, na tarde dessa terça-feira, acompanhados de uma vítima que procurou a delegacia. O homem possuía dois empréstimos e representantes da empresa tentavam fazer com que ele contraísse um terceiro, mesmo tendo deixado de quitar as parcelas da dívida, conforme pactuado no contrato. Diante das ofertas feitas à vítima, que estava acompanhada de uma policial à paisana, outros agentes que estavam do lado de fora entraram na empresa e prenderam os envolvidos.

Ainda de acordo com as investigações, as empresas que aplicam esse tipo de golpe acabam fechando as portas em determinado momento, passando a funcionar em seguida utilizando outro nome e CNPJ. Um grupo de empresas está sendo investigado.

Mensagem enviada a clientes após a interdição
Mensagem enviada a clientes após a interdição Foto: Reprodução

Durante a prisão do grupo, na sede da empresa, apareceram outras duas vítimas que denunciaram prejuízos de R$ 74 mil e R$ 200 mil.

Foram presos Patrícia Barboza Marques Correia, Victor Hugo Calcanho da Trindade, Willian Silva de Souza, Daniel de Araújo Pimentel, Paulo Henrique Silva dos Santos Siqueira, Marcele da Conceição Pinto, Bruna do Nascimento Lopes, Andrew Luiz Alves da Silva e Patrícia da Silva Moreth Ribeiro. Todos foram autuados em flagrante pelos crimes de estelionato e organização criminosa.

Na parede da RCS Promotra de Vendas, os agentes encontraram um painel em alusão ao filme Lobo de Wall Street, cujo protagonista também era um fraudador. Após a interdição da RCS pela polícia, na tarde desta quarta-feira, clientes receberam mensagens de WhatsApp alegando que a empresa ficaria com as atividades suspensas esta semana, uma vez que estava sem sistema de rede e internet.

-Acredito que tenhamos dado mais um passo na desarticulação dessa oraganização criminosa que vem lesando diversas de pessoas com prejuízos milionários. São empresas que aparentemente são bem constituídas, tem em seus quadros número expressvio de funcionários, mas são expúrias, voltadas para a prática de estelionato. Com essa aparencia de legalidade, é comum que pessoas acreditem nos serviços ofertados e percam todas as suas esconmias – afirma o delegado titular da 5ª DP, Bruno Gilaberte.