Jornal Povo

Fantasia e realidade se misturam na temática do livro “O balão vermelho” em destaque na Sala de Leitura Fenig

Tarde de Autógrafos do livro “O Balão Vermelho”, de Micheli Faria.

“Comecei a escrever respondendo cadernos de perguntas das colegas. Mas depois passei a escrever histórias que envolviam minhas experiências com o cotidiano. O cenário era sempre a escola, a família e o bairro. A leitura das obras de Monteiro Lobato  me levou para a ficção. Eu imaginava estar no Sítio do Pica Pau Amarelo, vivendo as aventuras, através da escrita”, disse Micheli Faria, que autografa o livro “O Balão Vermelho”, sexta-feira (9), às 14h, na Sala de Leitura Fenig, no terceiro piso do TopShopping, no Centro de Nova Iguaçu. A ação é do Programa Municipal de Incentivo à Leitura e à Escrita, da Prefeitura de Nova Iguaçu, através da Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu, a Fenig, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

Na publicação, a autora destaca a violência urbana que transforma a vida dos jovens. A mulher como vítima dessa engrenagem e as crianças órfãs da violência que têm dificuldade de encontrar um caminho para suas vidas. “Meu estilo é urbano e social. Navego bem dentro desse universo. Tenho muitos contos escritos que consolidam esse caminho. A realidade social mexe comigo. Instiga a minha imaginação. Quando estou escrevendo um conto fico tão envolvida que eclodem dentro de mim todas as agruras que bailam em nosso caos urbano”, disse Micheli.

“Sou professora da rede municipal de Nova Iguaçu, formada em História, e atuo também como Incentivadora de Leitura. Além de Monteiro Lobato, gosto de Marina Colassanti, Tatiana Belinky, Djamila Ribeiro, Júlio Emilio Braz, Ferreira Gullar, Conceição Evaristo, Cora Coralina, Ariano Suassuna e Fernando Sabino. O magistério me aproximou muito de Paulo Freire, José Murilo de Carvalho e Darcy Ribeiro. Eu tive também influência da música popular de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Jorge Benjor”, destacou a escritora.

“O Balão Vermelho é um livro criativo e fascinante. Ao mesmo tempo em que viajei entre o filme homônimo e inspirador do diretor Albert Lamorisse, deslizei facilmente nos caminhos sombrios da cidade”, explica Micheli Faria.A escritora destacou também que ações como “Livros para Voar”, da Fenig, consolidam uma literatura com o nosso DNA. Numa época em que o mercado editorial é engolido pelos gigantes que dominam os espaços da mídia, há necessidade de políticas públicas que criem lugares como esse. A Fenig e a Prefeitura de Nova Iguaçu provam que é possível apoiar de verdade os novos escritores.Além da Tarde de Autógrafos, a ação “Livros para Voar” recebe doações de livros, faz as publicações circularem pela cidade e fortalece os autores e a produção literária de Nova Iguaçu e da Baixada. 

A ação é dedicada aos romances de ficção e não ficção, poesias, biografias e estilos literários diversos. A ideia é a democratização de leitura que amplia o conhecimento. São 11 totens com as caixas do projeto para receber doações de livros e para que qualquer pessoa possa pegar uma publicação gratuitamente para desfrutar da leitura. As caixas estão na sede da Fenig (rua Governador Portela, 812, no Centro de Nova Iguaçu); na Sala de Leitura Fenig no TopShopping; Prefeitura de Nova Iguaçu; Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Posse; Igreja Santo Antônio da Prata; Igreja São Miguel Arcanjo, em Miguel Couto; OAB Nova Iguaçu; Casa de Cultura; Casa do Professor; Cefet-NI; e Loja Caçula Nova Iguaçu.