Jornal Povo

Justiça nega a volta de Sancler Nininho à Câmara de Mesquita pela terceira vez

Ele está afastado do cargo desde outubro do ano passado. Sancler é investigado por uma série de crimes de corrupção dentro da Câmara de Mesquita

Sancler está afastado desde outubro do ano passado

A justiça do Rio negou, pela terceira vez,  o pedido do vereador afastado de Mesquita, Sancler Nininho (Pros) para voltar ao cargo. A decisão teve o placar de 3 a 0 na da XVIII Vara Criminal do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, e foi determinada pela  Processo Sanclerdesembargadora  Adriana Lopes Moutinho Daudt D’oliveira, relatora do processo.

‘Sancler Chequinho’, como vem sendo chamado no meio político de Mesquita,  está afastado do cargo de vereador desde outubro do ano passado, por determinação do Ministério Público. Ele é investigado por desvios de indenizações de funcionários. Além disso, ele também é réu por fraudes, falsificações, peculato, crimes licitatórios e desvio de dinheiro.

Quadrilha dentro da Câmara de Mesquita

De acordo com o processo, Sancler, na condição de presidente da Câmara de Mesquita, praticou uma série de delitos envolvendo desvio de dinheiro público. O documento diz que os envolvidos na organização criminosa de Sancler Nininho “atuavam de forma organizada” sob a liderança do vereador, que posicionava-os em cargos comissionados de forma estratégica. A principal função dessas pessoas era  fazer as irregularidades transcorrerem sem levantar suspeitas.  Outros  envolvidos no esquema criminoso sequer trabalhavam na Câmara de Mesquita, eram funcionários fantasmas.

Em outubro do ano passado ,quando foi afastado, Sancler chegou a ter prisão preventiva decretada, entretanto, a sentença foi revertida para medidas cautelares, entre elas a proibição de Sancler  nas dependências da Câmara de Mesquita, a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). 

Em maio de junho deste ano, Sancler pediu para voltar para a Câmara de Mesquita. Essa é a terceira vez que o Habeas Corpus é negado. Ele segue proibido de  exercer suas funções. Porém, continua recebendo salário, seus assessores que são réus no mesmo processo continuam trabalhando na Câmara e seu suplente ainda não foi convocado desde que ele foi afastado,pois pelo regimento interno, José Chaleira deveria assumir o lugar de Sancler quatro meses depois de seu afastamento. Ou seja, há quase um ano, Sancler e sua quadrilha seguem ganhando dinheiro público.

Leia na íntegra:

Processo Sancler