Mesmo sendo maioria com nível superior, ainda recebem menos que os homens
Nesta sexta-feira (8/03), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as mulheres ganham, em média, 21% menos que os homens. Nas profissões intelectuais e científicas, a desigualdade é ainda maior, com diferença de 36,7% entre os gêneros.
A pesquisa Estatísticas de Gênero, Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil indica pequena melhoria em alguns indicativos, mas o sexo feminino ainda está em grande desvantagem em relação ao masculino. O panorama ainda se intensifica quando abordado também o aspecto da raça, para as mulheres negras.
O levantamento aponta que 21,3% das mulheres com 25 anos ou mais tem ensino superior, enquanto entre os homens, o índice é de apenas 16,8%. Entretanto, elas costumam trabalhar expedientes menores justamente porque gastam em média dez horas a mais do que seus parceiros em tarefas domésticas.
“Esse número é basicamente o mesmo ao longo da série histórica, desde 2016, dez horas de diferença para as tarefas não remuneradas. A situação é pior no Nordeste e entre as pretas e pardas”, afirmou a pesquisadora Bárbara Cobo, do IBGE.
Apesar de corresponderem a 52,7% do eleitorado e do aumento recente da representatividade na Câmara Federal (de 14,8%, em setembro de 2020, para 17,9% de deputadas federais em exercício em novembro de 2023), apenas nove dos 38 cargos ministeriais eram ocupados por mulheres.