Jornal Povo

Petroleiro baleado na Rodoviária do Rio em sequestro de ônibus tem melhora de saúde e fala com familiares após 17 dias

Bruno Lima da Costa foi baleado por sequestrador de ônibus na Rodoviária do Rio
Bruno Lima da Costa foi baleado por sequestrador de ônibus na Rodoviária do Rio — Foto: Reprodução

O petroleiro Bruno Lima da Costa Soares, 17 dias após ser baleado durante o sequestro de um ônibus na Rodoviária do Rio, está conseguindo falar e se comunicar com a família, segundo informou um parente dele. Na última terça-feira, Bruno teve melhora, e saiu do Centro de Terapia Intensiva (CTI) para a Unidade Semi Intensiva do Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Conforme o hospital divulgou, ele tem apresentado boa recuperação, interage com os profissionais da assistência e tem quadro de saúde estável.

Um parente que está acompanhando Bruno no hospital relatou que a família ainda está muito sensível com tudo o que aconteceu, mas respondeu estar aliviada pela melhora progressiva do petroleiro.

O paciente estava na Rodoviária do Rio, na região central da capital, e embarcava com destino à Juiz de Fora, em Minas Gerais, no último dia 12. Durante o sequestro de um ônibus, Bruno, que é funcionário da Petrobras, foi atingido no peito, no pulmão e ficou com uma bala alojada perto do coração. Ele foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um projétil no último dia 14. Desde então, ele estava na ventilação mecânica. De acordo com as investigações, o sequestrador, Paulo Sérgio de Lima, atirou na direção de dois homens, um deles o Bruno, ao pensar que eles eram policiais à paisana que tentavam prendê-lo.

Após ser atingido, Bruno recebeu a ajuda de uma funcionária da Rodoviária Novo Rio. Ela viu o rapaz cambaleando, se aproximou e o amparou. Quando ele já estava deitado, Patrícia Gomes tirou a blusa de seu uniforme a usou para estancar o sangue. Sete minutos depois, Bruno foi socorrido numa maca e levado, inicialmente, para o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro.

O sequestro do ônibus durou três horas. Dezesseis passageiros foram mantidos reféns por Paulo. Ele se entregou após atuação de negociadores do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O sequestrador foi autuado em flagrante na 4ª DP (Praça da República).